A queda do império romano

(nesta foto, as províncias do Império Romano em sua máxima extensão)


Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.

Outro grave problema que levaria Roma ao colapso surgirá já nos fins da República, quando todo o sistema econômico foi gradativamente entrando em crise. A autonomia provincial retirou uma importante fonte de recursos, ao mesmo tempo em que os capitais acumulados eram destinados a fins improdutivos; enormes gastos em festas e jogos, empréstimos a juros, etc. A pilhagem imposta aos vencidos tornou-se mais difícil e o Estado complicou inutilmente sua máquina burocrática, instituindo ao mesmo tempo pesados sistemas fiscais.

A penúria financeira acabaria por se refletir também nos efetivos do exército profissional, que muito custava aos cofres públicos. Quando já não havia como oferecer vantagens materiais aos elementos recrutados, Roma começou a apelar aos que menos exigiram, primeiramente os não-cidadãos e depois os próprios bárbaros contra os quais combatia. Dessa maneira, a desromanização progressiva do exército imperial tornou-se praticamente inevitável.

Com tal sistema militar precário, o império já não podia garantir os territórios e nem a segurança dos cidadãos. Quase tudo que restou do império foi o cristianismo adotado por Roma. Os reinos bárbaros disseminavam-se em regiões fechadas que, com freqüência, se subdividiam. Foi um período de decadência das cidades, no qual as sociedades rurais eram dominadas pelos grandes senhores.

Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares.

Este período se inicia em torno de 235 D.C. com a crescente pressão dos povos bárbaros, tanto os submetidos pelo Império Romano quanto os que vivem nas regiões limítrofes. Essa situação leva o império a abandonar várias províncias e agrava as disputas internas. Sucedem-se os imperadores militares, numa tentativa de frear a decadência do império.

Mesmo apoiados no exército, os imperadores militares duram pouco tempo no poder e são, quase todos, assassinados. Com o objetivo de sufocar as rebeliões internas, reforçar as fronteiras do império e reiniciar a expansão no oriente, os cidadãos romanos são transformados em súditos, os camponeses ficam vinculados à gleba e os artesãos formam comunidades obrigatórias de trabalho para prover o exército.

Em 297, o imperador Diocleciano divide o império em dois augustos e dois césares, num sistema chamado tetrarquia, implantado para acabar com as agitações nas sucessões imperiais. Mas o absolutismo não consegue deter o declínio do Império, apesar das tentativas posteriores do imperador Constantino, entre 324 e 337.

Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando
a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.

O império do ocidente subsiste por 80 anos, atacado por germanos e hunos, até se extinguir em 476.

Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos
povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos,
hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.

2 comentários:

Glauciene disse...

Gostei muito!!!!!!!!!!Vocês estão de parabéns!Usei para um trabalho de história.

Anônimo disse...

tambem usei pro trabalho de historia obrigado

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