Gabarito no final das questões.


Lista de 10 exercícios Estrutura e Formação das Palavras - Português  


Questão 1
(UFPE) Observe:

I - "Enquanto eu invento e desinvento "moda". (Caetano Veloso)
II - "Esse alguém me diria: "Desiste, essa busca é inútil". (Paulo Vanzolini)
III - "E que essa vida entre assim (...) Desvirginando a madrugada". (Gonzaguinha)
IV - "Você se chama grã-fino e eu afino tanto quanto desafino do seu tom". (Caetano Veloso)

Quanto ao processo de formação das palavras em negrito, assinale a alternativa incorreta.

a) "Desinvento", item I, é formada por "prefixação".

b) "Desiste", item II, é formada por prefixação.

c) "Inútil" item II, é formada por prefixação.

d) "Desvirginando", item III, é formada por prefixação e sufixação.

e) "Desafino" item IV, é formada por prefixação.








Questão 2 (FESP) Observe as frases seguintes quanto à estrutura das palavras.
I - É possível que exista ainda hoje um controle de mercado por algumas empresas.
II - A jovem fazia questão de que suas roupas fossem de uma só cor.
III - É um animal que se alimenta de sangue.
IV - O estudante do Curso de Veterinária especializou-se no estudo dos insetos.
V - Alguns políticos usam em seus discursos uma incontinência de linguagem.
Substituindo as expressões sublinhadas por compostos eruditos, temos:
a) mercadologia, monocromáticas, hematófogo, entomologia, verborragia;

b) oligopólio, monocromáticas, hematófago, entomologia, verborragia;

c) mercadologia, monocromáticas, hematócrito, entomologia, lingualogia;

d) oligopólio, orogenia, hematócrito, ornitologia, lingualogia.









Questão 3 (UNI-RIO) O elemento destacado NÃO é vogal temática em:

a) está
b) coalhou

c) beber

d) poupei

e) calço







Questão 4 (CESGRANRIO) O que indica nos parênteses NÃO está correto na opção:

a) bordado-me (vogal temática).

b) esforço-me (desinência número - pessoal).

c) desenrolando (característica de gerúndio).

d) imperceptível (derivado parassintético).

e) meia-idade (composto por justaposição).








Questão 5 (PUC-PR) Na palavra infelizmente temos três partes com um significado próprio: in, feliz e mente.

Assinale a alternativa em que todos os elementos constituem partes significativas da palavra desigualdades:

a) de - si - gual - da - des.

b) des - igual - dade - s.

c) desi - gual - da - des.

d) des - i - gual - da - des.

e) desigual - dades.









Questão 6 (PUC-RJ) Assinale a alternativa em que todos os itens são formados a partir de um verbo.

a) sentimento, ventania, extinção, mofino

b) resistência, regressar, cerebral, preocupação

c) facilidade, pacificar, regularmente, alimentício

d) fumaça, intimidade, prática, inexplorado

e) explicável, sabedor, sofrimento, contemplação









Questão 7 (UFPB) Os elementos mórficos sublinhados no trecho:

"E justamente ela estava subindo a ladeira. Como na véspera, deu adeus;"

estão corretamente classificados, EXCETO em

a) mente : sufixo adverbial

b) va : desinência modo-temporal número

c) sub : radical

d) eira : sufixo nominal

e) s : desinência nominal de número









Questão 8 (UFPE) Numere a 2ª. coluna de acordo com a 1ª., levando em consideração os processos de formação de palavras:


1) Atum-robô ( ) palavra formada por dois radicais gregos
2) Submarino ( ) palavra formada por derivação sufixal
3) agilidade ( ) composição híbrida por justaposição de dois substantivos
4) biologia ( ) palavra formada por derivação prefixal e sufixal

A seqüência correta é:

a) 1,3,4 e 2

b) 3,2,1 e 4

c) 4,3,1 e 2

d) 4,2,1 e 3

e) 2,1,3 e 4









Questão 9 (UERJ)

01 Sempre que se agita esta questão das reivindicações femininas, escovam-se os velhos
02 chavões, e, com um grande ar de importância, os filósofos decidem sem apelação que a mulher
03 não pode ser mais do que o anjo do lar, a vestal encarregada de vigiar o fogo sagrado, a
04 depositária das tradições da família... e das chaves da despensa. Todo esse dispêndio de palavras
05 inúteis serve apenas para encobrir a fealdade da única razão séria que podemos apresentar
06 contra as pretensões das mulheres: o nosso egoísmo, o receio que temos de que nos despojem
07 das nossas prerrogativas seculares – o medo de perder as posições, as regalias, as honras que o
08 preconceito bárbaro confiou exclusivamente ao nosso século. Compreende-se: quem se habituou
09 a empunhar o bastão do comando não se resigna facilmente a passá-lo a outras mãos: é mais
10 fácil deixar a vida do que deixar o poder.

(18/08/1901)
(BILAC, Olavo. Vossa Insolência. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, p. 313)
A palavra extraída do texto , cuja constituição mórfica está explicada corretamente, é:

a) "filósofos" (linha 2) = é formada por parassíntese

b) "depositária" (linha 4) = é composta por aglutinação

c) "inúteis" (linha 5) = tem prefixo de sentido negativo

d) "fealdade" (linha 5) = tem sufixo diminutivo









Questão 10 (UFRRJ) TEXTO

Falando em leitura...
1 Falando em leitura, podemos ter em mente alguém lendo jornal, revista, folheto, mas o mais comum é
02 pensarmos em leitura de livros. E quando se diz que uma pessoa gosta de ler, "vive lendo", talvez seja rato de
03 biblioteca ou consumidor de romances, histórias em quadrinhos, fotonovelas. (...) Sem dúvida, o ato de ler é
04 usualmente relacionado com a escrita, e o leitor visto como decodificador da letra. Bastará porém decifrar
05 palavras para acontecer a leitura? Como explicaríamos as expressões de uso corrente "fazer a leitura"de um
06 gesto, de uma situação; "ler o olhar de alguém", "ler o tempo"; "ler o espaço", indicando que o ato de ler vai
07 além da escrita?

08 Se alguém na rua me dá um encontrão, minha reação pode ser de mero desagrado, diante de uma batida
09 casual, ou de franca defesa, diante de um empurrão proposital. Minha resposta a esse incidente revela meu modo
10 de lê-lo. Outra coisa: às vezes passamos anos vendo objetos comuns, um vaso, um cinzeiro, sem jamais tê-los de
11 fato enxergado; limitamo-los à sua função decorativa ou utilitária. Um dia, por motivos os mais diversos, nos
12 encontramos diante de um deles como se fosse algo totalmente novo. O formato, a cor, a figura que representa,
13 seu conteúdo passam a ter sentido, melhor, a fazer sentido para nós.

14 Só então se estabeleceu uma ligação efetiva entre nós e esse objeto. E consideramos sua beleza ou feiúra, o
15 ridículo ou adequação ao ambiente em que se encontra, o material e as partes que o compõem. (...)

16 (...) Será assim também que acontece com a leitura de um texto escrito?

17 Com freqüência nos contentamos, por economia ou preguiça, em ler superficilamente, "passar os olhos",
18 como se diz. Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico de decifrar os sinais.
19 Sobretudo se esses sinais não se ligam de imediato a uma experiência, uma fantasia, uma necessidade nossa.
20 Reagimos assim ao que não nos interessa no momento. Um discurso político, uma conversa, uma língua
21 estrangeira, uma aula expositiva, um quadro, uma peça musical, um livro. Sentimo-nos isolados do processo de
22 comunicação que essas mensagens instauram – desligados. E a tendência natural é ignorá-las ou rejeitá-las como
23 nada tendo a ver com a gente. Se o texto é visual, ficamos cegos a ele, ainda que nossos olhos continuem a fixar
24 os sinais gráficos, as imagens. Se é sonoro, surdos. Quer dizer: não o lemos, não o compreendemos, impossível
25 dar-lhe sentido porque ele diz muito pouco ou nada para nós.

26 Por essas razões, ao começarmos a pensar a questão da leitura, fica um mote que agradeço a Paulo Freire:

27 "a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele".

MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo, Ática. p.7 - 10.

"Sentimo-nos isolados do processo de comunicação que essas mensagens instauram — desligados."(l.21-22).

mesmo processo de formação da palavra desligados ocorre em

a) superficialmente.

b) enxergado.

c) amamenta.

d) impossível.

e) consumidor.












Gabarito:
1-b 2-b 3-e 4-d 5-b 6-e 7-e 8-c 9-c 10-d

Um comentário:

Valter savio disse...

Muito Bom, simplismente isso!!!!!
Prabéns!!!!

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